7ª PARTE: A HISTÓRIA DE ANNE FRANK E SEU DIÁRIO ~ BUSK BÍBLIA

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“Não sei como não abandonei todos os meus ideais. Parecem absurdos e impraticáveis. Mas me agarro a eles porque ainda acredito, apesar de tudo, que as pessoas no fundo são boas.” Anne Frank.

Anne teria mantido esta visão positiva se tivesse sobrevivido aos campos de concentração? Não sabemos, mas suas palavras logo ganhariam vida própria.

Depois que Anne Frank morreu no campo de concentração Bergen-Belsen em 1945, seu pai ficou sozinho; só lhe restaram a dor e um diário, mas foi uma combinação poderosa.

“Quero continuar vivendo mesmo depois de morta. Por isso agradeço a Deus por este dom... que posso usar para crescer e expressar tudo que tenho em mim.” Anne Frank.

O dom de Anne realmente a tornou imortal. Em 1947 Otto Frank publicou trechos do diário com o título: “Het Achtef huis” ou “O Anexo Secreto”.

Otto Frank esperava que as palavras de sua filha ajudassem a evitar o que eles haviam sofrido; e ele passou o resto da vida tornando Anne Frank um símbolo, uma causa e uma instituição.

Palavras do pai de Anne Frank, Otto Frank:

“Todos os dias eu trabalhei pensando na minha gente. Depois que o diário foi publicado, recebi centenas, milhares de cartas de jovens. E minha tarefa é falar com eles, escrever para eles, para que não esqueçam. Precisamos trabalhar contra o preconceito e a discriminação. Esta é minha tarefa.”

A edição americana do diário publicada em 1952 como “O Diário de Uma Menina” logo se tornou um best seller. Três anos depois estreou na broduler. Em 1959 Hollywood retratou Anne como uma jovem mártir. Na peça e no filme uma frase de Anne tirada do contexto sombrio parecia transformá-la numa santa que absolvia todos os crimes de guerra.

“[...] Ainda acredito, apesar de tudo que as pessoas no fundo são boas [...]” Anne Frank.

Muitos imaginam se Anne continuaria pensando assim se tivesse sobrevivido aos campos.

Tenho certeza de que Anne Frank do começo teria sido diferente do final, se tivesse sobrevivido; ela não teria sido tão inocente quanto era, não poderia, seria impossível. Eram lugares aonde as pessoas mudavam. Ninguém ficou imune ao horror desses lugares. Eu realmente não sei o que Anne teria se tornado se tivesse sobrevivido. Muitas vezes imagino como ela teria ficado na velhice ou na vida adulta. Nós não sabemos.

Palavras de Anneli Goslar: “Podia ter dado muito à humanidade.”

Ela era uma ótima escritora, mesmo tão jovem. Quem sabe se continuaria escrevendo e provavelmente combatendo o ódio ou se nunca mais pegasse numa caneta. Não dá para saber.

Anne não era uma santa nem um prodígio, ela era uma garota de carne e osso como todas as outras, exceto que tinha muito talento para escrever.

Anne era uma garota sexy, era uma garota brilhante, Anne era tudo. Ela tinha tudo que todos queriam ter.

À direita, no número 263 de Prinsengracht, a terceira casa da rua é a casa de Anne Frank onde ela ficou escondida a última Guerra Mundial.

A história de Anne comoveu públicos do mundo inteiro e levou milhões a visitar o Anexo Secreto que se tornou um museu em 1960, dirigido por Otto Frank até sua morte em 1980. A casa de Anne Frank tornou-se uma organização internacional que divulga uma mensagem de tolerância para os jovens em particular através de mostras, palestras e das palavras de Anne Frank.

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