Qual a verdade na visão de Ezequiel
47:1-12.
Já ouvi interpretações das mais absurdas
de Ezequiel 47:1-12. Mas, ao analisarmos com cuidado Ezequiel 47:1-12 e
Apocalipse 21:22-27 e 22:1-5, concluímos que o profeta Ezequiel estava falando
de uma visão do futuro, da nova terra, e não um poema ou um símbolo.
O que o profeta estava vendo era
exatamente isto:
Entre as muralhas translúcidas de jaspe
e ouro puro, um rio de águas cintilantes corre do centro da Cidade Santa. Ele
nasce de fontes diretamente abaixo do trono de Deus e Jesus Cristo, e, ao
descer pelo vale aberto entre as avenidas principais, segue rumo ao oriente até
alcançar o antigo mar Morto.
O que era conhecido outrora como o mais
salgado e estéreo dos mares, agora pulsa com vida. Suas águas foram regeneradas,
e nele nadam cardumes de peixes de todas as espécies. Pescadores portam-se às
margens com redes largas e, ao recolhê-las, exibem exemplares fortes e
abundantes, lembrando o cumprimento literal e Ezequiel: “viverá tudo por onde
passar esse rio”.
À beira desse curso majestoso,
estendem-se fileiras de árvores da vida. São gigantes verdes. Carregados de
frutos que se renovam a cada mês. Suas folhas, de um brilho suave, são colhidas
e compartilhadas entre os povos de todas as nações que agora habitam a terra
restaurada, a nova terra.
As folhas das árvores da vida não se destinam a curar enfermidades, pois aqui já não há dor, doença nem morte, mas cumprem outra função: restauram completamente a memória, apagando qualquer cicatriz emocional herdade da antiga criação. Curam ressentimentos, desfazem lembranças dolorosas de lágrimas e sofrimento e mantêm a harmonia perfeita entre os povos. “Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.
Nesta nova realidade, a vida flui em
todas as direções. O rio da vida é fonte inesgotável que transforma desertos em
jardins e mares mortos em celeiros de abundância. As árvores sustentam a
comunhão, suas folhas garantindo que nada rompa a paz eterna.
Aqui, cada detalhe é literal: águas que
curam terras, novas fontes que surgem por onde essas águas passam, criando
novos rios que se misturam ao rio da vida, frutos que alimentam, folhas que
curam qualquer tipo de sofrimento ou lembrança triste da mente, e pescadores
que testemunham a maior transformação da história.
Por: James Alex G.Pires
Fontes: Bíblia Sagrada João Ferreira de Almeida – Corrigida e Atualizada.
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