O APÓCRIFO DE ENOQUE E A BÍBLIA
SAGRADA.
No Final desta matéria você poderá
baixar em PDF o apócrifo: o Primeiro Livro de Enoque. É só clicar na imagem do
livro no final desta matéria.
Qual
a minha posição e a opinião dos administradores do BUSK BÍBLIA sobre o apócrifo
Primeiro Livro de Enoque?
Concluímos que pode não se tratar de um pseudo-epígrafo (de falsa
autoria), pois que o apóstolo Judas cita o profeta Enoque e uma passagem desse livro, mas como há evidências de muitas interpolações que se opõe às
verdades declaradamente bíblicas, ficou-nos evidente que este apócrifo de
Enoque foi deturpado em algumas partes talvez para dar crédito a alguma seita judaica.
Recomendamos, portanto, que seja lido,
mas não como doutrina, com cuidado, apenas para lançar luz sobre alguns textos
bíblicos.
Quando
e onde foi encontrado o apócrifo de Enoque e por que ele é tão singular entre
tantos outros apócrifos?
Em 1948 os manuscritos de Enoque foram
encontrados em Qumram, na Gruta 4, dentro de um grande vaso repleto de
manuscritos, junto a outros vasos contendo rolos de manuscritos de profetas
bíblicos como, por exemplo, o rolo de Isaías que se revelou um manuscrito fidedigno
do nosso Livro de Isaías na Bíblia Sagrada; acredita-se que foram deixados pela
comunidade Nazarita (Essênios), do Mar Morto, em Engedi.
O livro de Enoque não foi incluído
no cânon da Bíblia judaica, e também na Septuaginta, nem
nos livros deuterocanônicos, apesar de que uma das mais antigas Bíblias, a
Bíblia Etíope, admitir o Primeiro livro de Enoque como canônico.
A escritora Elizabeth Clare
Prophet em seu famoso livro “Anjos Caídos e as Origens do Mal”, revela que
o rabino Simeon ben Yohai em 120 ou 170 d.C, foi quem colocou os judeus contra
o Primeiro livro de Enoque e que isso permitiu à Agostinho de
Hipona observar que o manuscrito de Enoque deixou de fazer parte das
Escrituras aprovadas pelos judeu.
O sacerdote católico, teólogo e
historiador Jerônimo de Estridão, ao criar a primeira Bíblia cristã, a Vulgata
escrita entre fins do século IV início do século V, decidiu copiar o Velho Testamento
dos judeus considerando que eram autênticos o que os judeus consideravam
autêntico. Por essa razão, e pelo fato
de o livro de Enoque trazer outros nomes de anjos além dos aceitos pela Igreja
Católica Apostólica e Romana que são: Rafael, Miguel e Gabriel, o livro de
Enoque acabou sendo rejeitado como canônico no Concílio de Niceia e não faz mais
parte da Bíblia cristã.
O que faz do livro de Primeiro Enoque
um apócrifo tão singular entre tantos e muito discutido entre teólogos e
estudantes da Bíblia Sagrada, é o fato de que o Primeiro Livro de Enoque contém
inúmeras ligações com a Tanakh judaico (Velho Testamento) e é citado por
algumas cartas da Brit-Chadashá (Novo Testamento Judaico) como, por exemplo, em
Judas 14,15 onde Enoque é citado como profeta pré-diluviano fazendo menção da
vinda gloriosa de Jesus Cristo com todos os santos, nos fins dos tempos para
fazer juízo aos ímpios (um trecho exato do que é dito no apócrifo de Primeiro Enoque)
e Hebreus 11: 5 onde Enoque é mencionado como tendo recebido testemunho de ter
agradado a Deus, entretanto, não encontramos em Gênesis, na Bíblia Sagrada,
estas afirmações e passagens.
Curiosidades sobre os anjos
citados no livro de Primeiro Enoque e a relação com Gênesis 6: 1:12 da Bíblia
Sagrada
No livro de Primeiro Enoque o texto em
aramaico, os filhos dos céus, os anjos, lê-se “Sentinelas”. No Capítulo 10 de
Primeiro Enoque, no aramaico o primeiro anjo mandado por Deus chama-se
“Arsayalalyur” que em grego lê-se “Uriel”.
No capítulo 10 o anjo Uriel é mandado
para revelar a Noé que a terra seria destruída pelas águas do dilúvio e como
Noé deveria fazer para salvar a si e a sua família dessa destruição do mundo.
O anjo Rafael é enviado para
aprisionar um anjo chamado Azazyel que no capítulo 7 é descrito como um dos príncipes
dos duzentos anjos caídos que aceitaram o convite dos príncipes dos anjos
caídos para tomar para si mulheres entre as filhas dos homens, se amarrando em
mútuo juramento e gerando filhos gigantes e poderosos que devoravam muitos
animais e até homens como muita violência. O anjo Rafael deveria amarrá-lo pés
e mãos, criar um abismo no deserto, lançá-lo na escuridão e fechar como pedras
a esse abismo até o fim dos tempos, quando, então, o próprio Rafael deveria
lançá-lo no fogo.
O anjo Miguel é enviado para anunciar
a outro príncipe dos duzentos anjos caídos, chamado de Samyaza todos os crimes
que este havia cometido desde quando deixou os céus.
O anjo Gabriel deveria incitar os
filhos dos anjos, os gigantes a se matarem uns aos outros numa guerra de poder
coletiva e depois individual até que não sobrasse nenhum. Samyaza assim como
todos os anjos caídos deveriam ver a morte de seus filhos e mesmo pedindo
misericórdia a Gabriel, já que não podiam mais se comunicar com Deus, Gabriel não
atenderia. Depois de verem seus filhos serem exterminados de foma bárbara uns
aos outros, Gabriel deveria amarrar Azazyel junto com mais alguns perto dele e
lançá-los num abismo até o final dos tempos, quando o próprio Gabriel, no final
dos tempos, lançaria Azaziel e estes que estavam perto dele nas mais baixas
profundezas para que fossem atormentados com fogo para sempre.
Essas passagens no Livro de Enoque
fazem uma clara ligação entre os livros da Bíblia Sagrada: Judas 6 com Gên:
6:1-12 e Gên: 7: 1-16; Judas 6 com Apoc: 9:13,15 e Apoc: 20:14,15.
No Capítulo 12, Enoque é mencionado pelos anjos como Enoque, o escriba, e esta afirmação
confirma o que foi dito de Enoque em Judas: 14,15 na Bíblia Sagrada, e não só
isso, também deixa explícito que o texto mencionado em Judas; 14,15 foi escrito
pelo próprio Enoque e que o apóstolo Judas e outros apóstolos como Pedro e Paulo tinha este manuscrito.
Para download grátis do apócrifo de Enoque, click na imagem abaixo:
Por: James Alex G.Pires
Fontes: Got Questions; Estilo Adoração; O Que respondi...; Bíblia João Ferreira de Almeida – Edição Revista e Corrigida. livro “Anjos Caídos e as Origens do Mal” de Elizabeth
Clare Prophet; Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações; 3ª
edição; Livro: HANOKH O Misterioso Livro de Enoque – Ciro Campos.